São Paulo, sexta-feira, 14 de outubro de 1994
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Temperatura bate recorde dos últimos 6 anos em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo teve ontem o dia mais quente desde 1988. A temperatura atingiu 34,6ºC. Em 27 de setembro de 1988, chegou a 34,9ºC. Ontem foi também o dia mais quente em um mês de outubro desde 1963.
Segundo a meteorologista Neide Oliveira, do Instituto Nacional de Meteorologia, a alta temperatura se deve à presença de uma massa de ar quente vinda do norte que está sobre todo o país.
Hoje, a temperatura deve cair devido à chegada de uma frente fria que está sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A frente fria chega hoje a São Paulo e pode provocar chuvas fracas no final da tarde, principalmente no sul e leste do Estado.
No sábado, a frente fria já deve se deslocar para o Oceano e no domingo a temperatura volta a subir gradualmente.
Um incêndio queimou sete hectares (70 mil m2) do Parque Anhanguera, em Perus (zona norte de São Paulo), entre as 14h de anteontem e as 8h de ontem.
O administrador do parque, João Alberto Di Sandro, 53, disse ontem que este é o décimo incêndio este ano devido aos 80 dias sem chuva em São Paulo.
A diretora do Depave 5 (Departamento de Parques e Áreas Verdes), Tereza Sbrissa de Campos, afirmou que 50% do parque já foi queimado. Isso corresponde a uma área de 4 km2 ou dois parques Ibirapuera.
Segundo Tereza, a vegetação do parque é formada por eucaliptos, que ficam muito secos com a falta de chuva, facilitando a propagação do fogo. A área do parque aberta ao público não foi atingida.
Di Sandro acredita que os incêndios podem ter sido provocados. ``Estamos em uma região pobre e muita gente invade a área do parque em que é proibida a entrada. Com esta seca, qualquer ponta de cigarro pode provocar um incêndio de grandes proporções", disse.
Em agosto, houve 573 focos de incêndios e 4.500 hectares queimados; em setembro, foram 529 focos e 15 mil hectares queimados. Em outubro, até ontem, houve 117 focos e 1.100 hectares queimados.

Interior
A partir de segunda-feira, os 160 mil habitantes de Araçatuba (532 km a noroeste de São Paulo) vão ficar sem receber água durante três ou quatro horas por dia.
O racionamento foi confirmado pelo presidente do Daea (Departamento de Água e Esgoto), Cláudio Motta, 40.
A medida, segundo ele, visa evitar um colapso no sistema de abastecimento de água.
Em Rio Preto, o racionamento entra amanhã no quinto dia.
Segundo Motta, a represa de captação de água de Araçatuba –que produz 2,75 milhões de metros cúbicos por mês– atingiu o limite mínimo de armazenamento.
``Vamos parar de bombear das 14h às 17h ou das 14h às 18h."
O telefone do Disque Mata Fogo é 0800-12-00-51.

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