São Paulo, sexta-feira, 14 de outubro de 1994
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Corregedoria leva investigação a dois Estados

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

A investigação da Corregedoria da Polícia Civil contra policiais denunciados pelo ex-informante José Gonzaga Moreira, o ``Zezinho do Ouro", será estendida ao Rio de Janeiro e a Santa Catarina.
No Rio, moraria um cunhado do investigador Gilberto Xavier de Brito. Segundo Zezinho, o cunhado seria corretor de valores e cuidaria dos investimentos de Brito.
Ao deferir a quebra de sigilo bancário de 41 policiais, o juiz-corregedor Francisco Galvão Bruno disse que essa medida também será aplicada aos parentes dos policiais acusados por Zezinho.
Isso não foi feito ainda, segundo o juiz, ``para evitar que um número grande de informações termine por inviabilizar a investigação".
Entre os 70 policiais acusados de extorsão, tráfico de drogas e roubo está o investigador Brito.
O advogado de Brito, Dirceu Grohmann, disse que as acusações são uma vingança porque seu cliente prendeu várias vezes Zezinho.
Em Santa Catarina, será procurado o proprietário de uma carga de cristais roubados, apreendida em fevereiro último na zona leste.
Segundo o ex-informante, a carga teria sido desviada por policiais do 9º DP. Duas peças dessa carga (um cinzeiro e uma fruteira) já foram apreendidos pela Justiça.
A corregedoria está aguardando a resposta da Di Previ Cristais para saber se os cristais pertenciam a alguma carga roubada da empresa.
Duas outras empresas, a Cristal Blumenau S/A e a Cristais Hering S/A, responderam negativamente.

Deic
A Corregedoria da Polícia Civil indiciou ontem o carcereiro Valdo Bastos da Costa sob a acusação de ele ter participado da extorsão de R$ 2.000 a Robson Calli.
No último sábado, o escrivão Celso Elias de Melo Araújo, do 32º DP, foi preso em flagrante pela corregedoria quando tentava pegar o dinheiro na casa de Calli.
Os policiais estariam exigindo o dinheiro para não indiciar a vítima por receptação de um Opala roubado. Os acusados negaram o crime.

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