São Paulo, sexta-feira, 14 de outubro de 1994 |
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Até Casagrande foge dos estádios
WILSON BALDINI JR.
``No momento da briga, o Márcio (o juiz Márcio Resende de Freitas) nos chamou à atenção para o que estava acontecendo nas arquibancadas", disse o atacante Casagrande, do Corinthians. ``Ficamos parados por um instante, observando tudo aquilo", afirmou o jogador. ``Foi muito triste. A preocupação era grande, porque havia crianças e mulheres." Casagrande disse que a violência nos estádios é um dos motivos pelos quais nunca levou os seus três filhos para assistir aos jogos do Corinthians. ``Eles não prestam muita atenção em futebol. E eu até não faço muito esforço para que gostem", afirmou. O jogador disse que levou seus filhos para assistir alguns jogos quando atuava na Europa. ``Lá é diferente. Existe um respeito pelo ser humano", disse. Casagrande atuou sete anos em clubes europeus (os italianos Ascoli e Torino e o português Porto). O técnico Jair Pereira concorda com o jogador. ``É impossível alguém ficar concentrado, vendo aquele corre-corre dos torcedores", disse. Romeu Tuma Jr., vice-presidente do clube, apontou algumas falhas cometidas pela Polícia Militar na partida de ontem. ``Retardaram a entrada dos torcedores corintianos, havia pouco policiamento e fizeram uma divisão errada na parte superior da arquibancada", disse o dirigente. Tuma Jr. aproveitou para apresentar uma solução para as brigas entre torcidas organizadas. ``Temos que vincular as torcidas aos clubes. Se o torcedor causar brigas, que o time seja punido." Texto Anterior: Júnior, 5, desiste de ir aos jogos Próximo Texto: Guarani fala em processar Estado Índice |
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