São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994 |
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Taxa de abstenção cresce com migrações
MAURICIO PULS
É por isso que, após os recadastramentos eleitorais de 1956 e 1986, quando os migrantes transferiram os títulos, a taxa despencou: de 40,3% na eleição de 1955 para 8,0% na de 1958, e de 17,3% em 1982 para 5,2% em 1986. O efeito das migrações pode ser observado comparando-se a taxa nos Estados e regiões. Em 1958, a taxa média foi de 8,0%. No Nordeste, onde a emigração sempre foi intensa, a taxa ficou em 11,9%. Já no Sudeste, ficou em 6,1%. Também existem deslocamentos dentro dos Estados. Nas eleições deste ano, a abstenção no interior é mais alta do que na capital. Outros obstáculos ampliam a taxa: no Norte e Centro-Oeste, os municípios são extensos e têm população dispersa. Como a distância entre a seção eleitoral e a zona rural é grande e os meios de transporte, precários, a abstenção é elevada. Antes de 1964, a abstenção era ainda mais alta, porque a morte dos eleitores não era imediatamente comunicada à Justiça Eleitoral. Os mortos continuavam constando da lista de eleitores (e se abstendo) até que alguém informasse o juiz. Foi apenas em 1964, com o novo Código Eleitoral, que os cartórios passaram a ser obrigados a informar os TREs sobre as mortes do mês anterior. Texto Anterior: Resultados confirmam pesquisas Datafolha Próximo Texto: Enéas tem 15 vezes mais votos do que em 89 Índice |
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