São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 1994
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Távola vai propor entrosamento político

Jornalista se diz `sobrevivente de 64'

DA SUCURSAL DO RIO

O jornalista Artur da Távola (PSDB-RJ) –com 1.809.035 votos (23,46%) dos 99,65% apurados no Rio–, ``um sobrevivente da geração de 64", segue para o Senado pensando em ``entrosamento político".
Folha – Benedita da Silva já foi definida como a primeira senadora negra do Brasil. Como o sr. se definiria?
Artur da Távola – Eu sou um sobrevivente da geração de 64, um remanescente de 64, vítima do AI-1 e do AI-2.
Folha – Esse perfil coincide, um pouco, com o de Fernando Henrique Cardoso. Vem daí a amizade com ele?
Távola – Primeiro, eu fui amigo mesmo do irmão do Fernando e frequentei muito, na década de 50, a casa do pai dele, aqui no Rio. Em 64, no exílio no Chile, acabamos nos encontrando e tendo uma convivência de quatro anos. Depois, estivemos juntos na Constituinte de 87 e fundamos o PSDB.
Folha – Essa amizade puxou votos para o sr.?
Távola – Voto não se transfere. O que há é uma relação inevitável pelo fato de eu pertencer ao mesmo partido dele. Reputo minha eleição a um verdadeiro milagre.
Folha – Qual será sua ação básica no Senado?
Távola – Eu terei uma ação política geral e atuarei nas áreas que já venho trabalhando na Câmara: educação, cultura e comunicação. Outro papel importante que deverei desempenhar é o de entrosamento político com o governo.

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