São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 1994
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Avião era inseguro, diz familiar

DA SUCURSAL DO RIO

Parentes das vítimas do desastre aéreo afirmaram que o Hércules C-130 da FAB não tinha condições de segurança para levantar vôo.
Cátia Regina Martins da Silva, 31, mulher do segundo-sargento Luiz Celsimar Gomes Cabral, 34, morto no acidente, disse que teve dificuldades para obter informações. ``O Ministério da Aeronáutica não liberou as informações. Só agora fiquei sabendo que os corpos estavam carbonizados", disse.
A mulher de um dos suboficiais mortos, que não quis se identificar com medo de represálias contra parentes e amigos que estão na ativa, afirmou que havia vários problemas de manutenção no avião.
Segundo ela, o avião rodou uma semana inteira, de 4 a 11 desse mês, sem condições. O vôo estaria marcado inicialmente para 14h da quinta-feira, mas o avião estaria em pane. Seu marido teria lhe dito, na própria quinta-feira, que parte da tripulação passaria o resto do dia e a madrugada de sexta tentando dar condições de vôo ao avião.
Ontem, mulheres de sargentos e suboficiais do Ministério da Aeronáutica foram prestar solidariedade à viúva, que mora no subúrbio.

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