São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 1994
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Líder sul-africano se queixa de participação

FERNANDO ROSSETTI
DE JOHANNESBURGO

O movimento estudantil na África do Sul passa por uma transição semelhante à que ocorreu no Brasil na década de 80: não há mais um inimigo comum –como um regime militar ou o apartheid– contra quem todos se unem.
``Está muito difícil conseguir a participação dos alunos", disse à Folha o presidente do Conselho de Representantes dos Estudantes da Universidade Witwatersrand, em Johannesburgo, Muzi Sikhakhane.
Em 1976, os estudantes de Soweto tiveram seu primeiro grande enfrentamento com a polícia. Resultado: uma onda contestatória que deixou 575 mortos.
Enquanto isso, os alunos brancos estudavam em boas escolas, só para eles, praticamente sem atividade política no movimento.
Entre os estudantes negros, formaram-se nessa época várias organizações, muitas clandestinas, que atuaram durante os 80.
A partir de 90, os estudantes passaram a se organizar em duas entidades: o Congresso de Estudantes Sul-Africanos, composto majoritariamente de negros, e a Associação de Estudantes Liberais Sul-Africanos, de brancos.
(Fernado Rosseti)

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