São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 1994
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França abriga três centrais estudantis

ANDRÉ FONTENELLE
DE PARIS

Quem fala em movimento estudantil pensa imediatamente na revolta de maio de 68, na França.
Inicialmente neutros, os sindicatos de estudantes na França se dividiram nos anos 60 entre os de tendência apolítica e os de extrema-esquerda.
Os últimos lideraram o movimento de maio de 1968. Os tumultos na Sorbonne (universidade mais conceituada da França), em Nanterre e no Quartier Latin duraram todo o mês. A idéia de seus líderes era mudar não só a educação, mas toda a sociedade.
Hoje, os dois principais sindicatos de estudantes na França são a Unef (União Nacional dos Estudantes da França) e Unef-ID (Unef Independente e Democrática), ambos de esquerda, que detêm o maior número de cadeiras nos conselhos universitários.
Ao contrário do que pode parecer, a Unef (criada em 1971) é uma dissidência da Unef-ID (criada em 1907).
Outro sindicato importante é a Uni (União Nacional Interuniversitária), conservadora.
Para quem achava que 68 nunca se repetiria, uma nova revolta em 86 serviu de alerta.
Os estudantes voltaram às ruas para protestar contra um projeto de reforma universitária. Um estudante foi morto. A pressão estudantil deu certo: o projeto foi retirado.

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