São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 1994
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PMDB de SP deve ficar neutro no 2º turno

EMANUEL NERI; GEORGE ALONSO; CARLOS MAGNO DE NARDI
DA REPORTAGEM LOCAL

O PMDB de São Paulo deverá optar pela neutralidade no segundo turno da sucessão paulista. Os peemedebistas deverão ser liberados para votar em quem quiser.
Se essa tendência se confirmar, será mais uma derrota do governador Luiz Antonio Fleury Filho. Ele defende o apoio ao candidato Mário Covas (PSDB).
Ao contrário de seus antecessores, Fleury não conseguiu eleger seu sucessor -o candidato peemedebista, Barros Munhoz, foi apenas o quarto mais votado. O PMDB ocupa o governo paulista desde 1983.
Reunida ontem com Fleury, a direção do PMDB paulista não chegou a um consenso sobre o segundo turno. Há três posições dentro do partido.
A primeira defende o apoio a Covas. Além de Fleury, integram esse grupo os deputados federais Luiz Carlos Santos, Alberto Goldman e Michel Temer, e o estadual João Leiva.
Uma segunda corrente defende o apoio ao candidato Francisco Rossi (PDT). Barros Munhoz integra esse grupo, que conta com a simpatia de prefeitos e deputados da ala evangélica do partido.
A terceira corrente, liderada por políticos ligados ao ex-governador Orestes Quércia, defende a neutralidade. Na reunião de ontem, o quercista José Machado de Campos Filho defendeu essa proposta.
Os peemedebistas paulistas vão voltar a discutir o assunto na sexta-feira. Até lá, vão consultar diretórios municipais e prefeitos.
Mas a tendência ontem era a de a tese da neutralidade vencer. Antes de viajar, na semana passada, Quércia orientou seus correligionários para defender a proposta.
Fleury pretendia que o apoio a Covas fizesse parte de um acordo negociado com o tucano.

Goldman
Ontem, o deputado federal reeleito Alberto Goldman e 15 prefeitos do PMDB no Estado anunciaram apoio a Covas.
Integrante do chamado grupo quercista, Goldman disse que sua decisão não tem vinculação com o ex-governador.
Entre os prefeitos peemedebistas que aderiram ao candidato tucano estão os de Itapecirica da Serra, Taboão, Embu, Jacareí, Itapeva, Jarinú, Itatiba, Campo Limpo Paulista e Sumaré.
Goldmann afirmou que decidiu apoiar o tucano porque a ``história política" do candidato ``sempre esteve muito próxima" a dele.

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