São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 1994
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Um "louco" na fronteira

Fernando Henrique Cardoso contou ontem, em Moscou, uma de suas aventuras na recente visita ao Pantanal. Certo dia, ele e sua mulher, Ruth, tomaram um barquinho e saíram por um braço de rio, com o barqueiro.
De repente, viram um marco e logo descobriram que era a divisa entre Brasil e Bolívia. Tiraram fotos e seguiram viagem.
Um pouco mais adiante, surgiu uma bandeira boliviana e um posto militar daquele país.
FHC mandou o barqueiro parar junto ao posto. Desceu e, trajando calção e bóia no pescoço, se apresentou ao soldado como o presidente eleito do Brasil.
O soldado olhou meio desconfiado (``deve ter pensado que eu era um louco"), mas, por via das dúvidas, bateu continência.
FHC aproveitou para lhe pedir que enviasse uma mensagem de saudação ao presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, em nome do presidente eleito do Brasil.
Voltou ao barco e o soldado, de novo, bateu continência.
– Mas acho que ele deve estar desconfiado até hoje de que não era o presidente eleito do Brasil coisa alguma –admite FHC.

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