São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 1994 |
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Jornais americanos aumentam 11,4% as encomendas de papel
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
O crescimento se deve em parte ao maior volume de publicidade veiculada pelos jornais este ano e em parte ao seu desejo de aumentar estoques de papel em função de problemas de abastecimento. Mesmo assim, o estoque médio de papel de imprensa dos jornais dos EUA está 13,1% menor em 1994 do que em 1993. Ruth Felland, da Newspaper Association of America, entidade correspondente à Associação Nacional dos Jornais brasileira, diz que o aumento de encomendas de papel de imprensa é ``muito incomum". Ele ocorre, entre outros motivos – na sua opinião – porque os jornais estão querendo comprar bastante antes de novos aumentos de preço previstos para dezembro de 1994 e março de 1995. O preço médio do papel de imprensa no mercado norte-americano em fevereiro último era de US$ 420 por tonelada métrica –agora é de US$ 510– em dezembro, prevê-se será de US$ 560 e pode chegar a US$ 600 em março. Segundo Felland, o consumo efetivo de papel pelos jornais tem crescido menos do que as encomendas (cerca de 5% em relação a 1993). Felland diz que há ``muita preocupação" de que possa acontecer um colapso no abastecimento de papel de imprensa em breve. Os produtores de papel de imprensa dos EUA e do Canadá dão absoluta prioridade a seus clientes norte-americanos, o que tem tornado ainda mais difícil para jornais de outros países se abastecerem convenientemente. O mercado de papel de imprensa tem provocado também quedas nas ações de jornais nos mercados de valores dos EUA, apesar de o ano de 1994 estar sendo o mais lucrativo para a indústria jornalística nos últimos cinco anos. Os excelentes resultados dos jornais este ano são creditados ao reaquecimento da economia norte-americana, que fez o volume de anúncios, em particular os classificados, aumentar de maneira extraordinária. Brasil O fornecimento de papel para o mercado interno está garantido, afirmou ontem o presidente da associação nacional do setor, Osmar Elias Zogbi, 49. Para isso, as indústrias vão exportar menos do que poderiam, segundo ele. Zogbi afirma que há hoje equilíbrio entre oferta e demanda. A produção deste ano –cerca de 5,9 milhões de toneladas– vai crescer, em média, 5% em comparação a 93. Serão cerca de 400 mil toneladas a mais. Colaborou a Reportagem Local Texto Anterior: Políticos debatem hoje o "Brasil de FHC" Próximo Texto: Brasil começa a recuperação, dizem os consultores Drucker e Naisbitt Índice |
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