São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 1994
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Hospital em São Paulo completa um ano de interdição com acordo

DA REPORTAGEM LOCAL

O Hospital Umberto Primo, na Bela Vista (região central de SP), completou ontem um ano de interdição. Na última sexta-feira, proprietários e funcionários fecharam um acordo para tentar reabrir o hospital em um prazo de dois anos.
O Umberto Primo foi interditado pela Vigilância Sanitária Estadual por falta de higiene.
A primeira medida será o repasse de 15% de ações do hospital aos funcionários e de um prédio inacabado de 2.000 m2, que será colocado à venda a partir de hoje.
Com o valor arrecadado (US$ 9 milhões –R$ 7,7 milhões–, segundo o presidente da Comissão de Funcionários, Mario de Souza Augusto, 37), serão pagas parte dos salários atrasados dos funcionários (70%) e contribuições previdenciárias atrasadas (30%).
O valor total de débitos com salários de 1.400 funcionários é de US$ 17 milhões (R$ 14,5 milhões). Pelo acordo, os funcionários agora terão uma licença não remunerada de dois anos.
O presidente da Fundação do Hospital Ítalo-Brasileiro, Onadyr Marcondes, proprietária do hospital, afirmou ontem que pretende negociar com outros credores a troca das dívidas por ações.
Segundo Marcondes, o valor do patrimônio do hospital é de US$ 50 milhões (R$ 42,7 milhões) e o total de dívidas, de R$ 50 milhões.
Após a negociação das dívidas, a reabertura do hospital está condicionada ao destombamento pelo Condephaat (órgão que cuida do patrimônio histórico da cidade) de uma área de 10 mil m2, que deverá ser comercializada.
``A área poderá ser usada para qualquer empreendimento e, com o valor pago, abriremos o hospital com 350 leitos", disse Augusto.
O maior interessado na área hoje é a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil). O presidente da Previ, Jose Valdir Ribeiro dos Reis, 49, disse ontem que estuda a viabilidade econômica do hospital.

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