São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Romance de Benjamin Constant vira filme
ANDRÉ FONTENELLE
Atualmente em cartaz na França, o filme trata da relação entre os escritores suíços Benjamin Constant e Germaine Necker, mais conhecida como Madame de Stael. Os dois foram amantes entre 1794 e 1812, tiveram uma filha, mas nunca viveram juntos. Mme de Stael era casada e, viúva em 1802, não quis se casar de novo. Benjamin (1767-1830) e Germaine (1766-1817) escreveram, respectivamente, `Àdolphe" e ``Corinne", clássicos do Romantismo que descrevem disfarçadamente sua relação complexa. O projeto inicial de Doillon era adaptar `Àdolphe" para o cinema. A idéia evoluiu para contar a história real, com base nas cartas, nos diários e nos livros de Constant e Mme. de Stael. ``Não sei se seria capaz de adaptar um livro da qualidade de Àdolphe"', reconhece Doillon. O filme, selecionado para a mostra de ``eventos especiais" do Festival de Veneza deste ano, foi bem recebido pela crítica francesa. Também foram aclamadas as interpretações de Benoit Régent e Anne Brochet. Os dois contracenam praticamente sozinhos ao longo das 2h04 de filme. O filme terá uma versão mais longa, de 6h de duração, para exibição em capítulos na emissora cultural franco-alemã Arte, sob o nome ``Germaine et Benjamin", em dezembro. A decisão de realizá-lo em vídeo, segundo Doillon, permitiu também inovar na linguagem: pela primeira vez, ele pôde filmar sequências de mais de 10min, livre da limitação do tamanho do rolo do filme. A alta definição (1.250 linhas, o dobro da definição atual da televisão) permitiu a passagem para o filme de 35mm (na versão para os cinemas) com uma qualidade de imagem impressionante. Texto Anterior: Harvey Keitel vira pai viúvo em novo filme Próximo Texto: "Diários" são codificados Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |