São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 1994 |
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Vitória apertada impedirá Kohl de completar mandato, diz oposição
SILVIA BITTENCOURT
O partido de Kohl, a conservadora União Democrática Cristã, em parceria com a União Social Cristã, conquistou 41,5% dos votos na segunda eleição geral para o Parlamento da Alemanha reunificada, realizada anteontem. Somando os votos obtidos pela CDU-CSU e pelos liberais do Partido Democrático Livre (FDP), a atual coligação liberal-cristã –que sustenta o governo Kohl há 12 anos– tem agora maioria apertada no Parlamento, com apenas dez cadeiras a mais que a oposição, mas suficiente para eleger Kohl. Apesar de ter sido o partido mais votado (com 294 cadeiras), a CDU-CSU saiu das eleições com seu pior resultado desde 1949. O FDP ficou com 6,9% dos votos (47 cadeiras), garantindo seu ingresso no Parlamento e a maioria à coligação liberal-cristã. O SPD cresceu nos Parlamentos Federal e estaduais, reforçando sua maioria no Conselho Federal. Este órgão reúne representantes dos governos estaduais e por ele passam todas as decisões do Parlamento. O crescimento do SPD no Conselho aumenta ainda mais a oposição ao governo Kohl. Segundo o chanceler, a maioria apertada no Parlamento torna sua situação mais difícil, mas deve ``disciplinar" a coligação liberal-cristã. Ontem, a CDU-CSU começou a negociar com os liberais a formação do próximo governo. Para os social-democratas, a Alemanha precisa de um governo estável, coisa difícil de se atingir com uma oposição parlamentar tão grande. O SPD ficou com 36,4% dos votos (252 cadeiras). O partido Aliança 90/Verdes obteve 7,3% dos votos (49). O Partido do Socialismo Democrático (PDS) conquistou 30 cadeiras. Texto Anterior: ONU anuncia acordo para a paz em Angola Próximo Texto: Major defende monarquia em crise Índice |
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