São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 1994
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Major defende monarquia em crise

ROGÉRIO SIMÕES
DE LONDRES

O premiê John Major defendeu ontem a monarquia britânica, para tentar afastar a crise que atingiu os membros da família real.
Major se recusou a comentar a biografia autorizada do príncipe Charles, ``The Prince of Wales, a Biography" (O Príncipe de Gales, uma Biografia), escrita por Jonathan Dimbleby e publicada em série pelo jornal "The Sunday Times" desde o último domingo.
O livro revela que Charles nunca amou a princesa Diana e foi pressionado pelo pai a se casar.
Segundo Major, a monarquia britânica é "uma parte duradoura da nossa vida e sempre será".
O pai de Charles, Philip, duque de Edimburgo, condenou a revelação pública de assuntos ligados à família real em entrevista ao jornal "The Daily Telegraph".
"Eu nunca discuti assuntos particulares e não acho que a rainha tenha discutido também", afirmou.
Por causa das revelações do livro, que será lançado no próximo dia 3 pela editora LittleBrown (20 libras, ou US$ 32), Charles recebeu tanto críticas como manifestações de apoio. O parlamentar conservador James Hill condenou a divulgação, pelo príncipe, de detalhes de sua vida pessoal.
O ex-ministro da Defesa Alan Clark, em artigo no "Evening Standard", defendeu as qualidades de Charles como futuro rei e disse que a rainha deveria abdicar já.
A revista francesa ``Voici`` informa em sua última edição que Diana teria feito um acordo para se divorciar de Charles em 1995.
Ela receberia 15 milhões de libras (US$ 24 milhões), uma casa em Londres e outra no interior do País de Gales ou da França. Segundo a revista, os advogados do casal já acertaram os detalhes.
A ``Voici" atribui as informações ao livro ``Diana: Her New Life", de Andrew Morton, que ontem à noite disse que parte delas deve ter saído de sua obra. Segundo a editora Michael O'Mara, responsável pela publicação, as informações foram roubadas.

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