São Paulo, quarta-feira, 19 de outubro de 1994
Texto Anterior | Índice

Cinco alimentos encarecem cesta básica

GABRIEL J. DE CARVALHO
MAURO ZAFALON

GABRIEL J. DE CARVALHO ;MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Cinco alimentos –feijão, batata, cebola, carnes e queijo mozarela– são os principais responsáveis pelo encarecimento da cesta básica em São Paulo desde o final de setembro.
A pressão desses produtos básicos fica clara quando se comparam os preços médios da cesta Procon/Dieese entre os dias 29 de julho e 17 de outubro.
No final de julho os preços estavam mais acomodados após a entrada do real e a cesta custava, em média, R$ 101,93.
No último dia 17 o custo da cesta já estava em R$ 104,32. A diferença de 2,34% entre os custos nas duas datas, entretanto, foi provocada pelos cinco alimentos.
Todos os demais produtos ainda estavam bem mais baratos que no final de julho, como mostra o quadro comparativo.
Entressafra, estiagem prolongada e uma boa dose de especulação explicam a alta desses alimentos.
No caso do feijão, apesar da queda da produção, foram manobras especulativas que elevaram excessivamente seu preço. No varejo ainda se registram pressões, mas no atacado os preços já começaram a cair.
A alta da batata, da cebola, das carnes e do queijo mozarela (leite) é atribuída pelos respectivos setores à entressafra, que, a rigor, não tem relação direta com o Plano Real. A influência do plano está no aumento do consumo, que abre espaço para os reajustes.
As pressões são mais brandas nos produtos industrializados, menos afetados por fatores sazonais como a entressafra.
Este mês, até o dia 17, os itens limpeza e higiene pessoal acumulavam quedas de 0,66% e 3,01%, respectivamente. O item alimentação, desequilibrado pelos mesmos cinco alimentos, registrava reajuste médio de 6,69%.

Texto Anterior: Senai lança tomate em pó
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.