São Paulo, quarta-feira, 19 de outubro de 1994 |
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Festival de filmes sobre arte vêm ao Brasil
ANDRÉ FONTENELLE
Dois filmes brasileiros participam da mostra, que vai até o dia 24 e deve ser exibida no Brasil no próximo ano. São eles ``De Krajcberg a Chico Mendes", de Aloísio Didier, e ``Xico Chaves: Trajetória da Pintura", de Patrícia Brominsky e Felipe Lacerda. O primeiro, que trata da obra do escultor brasileiro de origem polonesa Frans Krajcberg, concorre na mostra competitiva. O segundo, sobre um pintor que utiliza os pigmentos da terra de Minas Gerais em seu trabalho, será exibido em uma mostra paralela de filmes estrangeiros. Ficção e documentário Os filmes que participam da Bienal são de dois tipos: os de ficção e os documentários. Todos, porém, tratam da arte em suas várias modalidades. Os documentários retratam obras de artistas (este ano, por exemplo, há filmes sobre Botero, Gaudí, Cartier-Bresson, Nadar, entre outros) ou museus (Louvre). Entre os filmes de ficção da mostra competitiva, destacam-se o britânico ``The Two Belles", sobre quadros verdadeiros e falsos de Leonardo da Vinci, e o norte-americano ``The Money Man", história de um pintor que fabricava dinheiro falso. Premiação Quatro prêmios, no valor de 30 mil francos cada (cerca de US$ 6.000), serão entregues na Bienal. Três deles premiam direção, fotografia, narrativa. O outro, do museu Rodin, premiará o melhor filme sobre escultura. Um dos destaques da Bienal é a mostra sobre o tema ``O Grito no Cinema", que inclui filmes como ``O Grito", do italiano Michelangelo Antonioni (1957), e ``O Encouraçado Potemkin", do russo Serguei Eisenstein (1925). Há ainda duas mostras temáticas, uma sobre o panorama da arte na França (33 filmes) e outra sobre a arte no exterior (41 filmes de 26 países). Depois de Paris, os filmes da Bienal serão apresentados em Colônia (Alemanha), Hérouville (norte da França) e Lisboa (Portugal). Brasil Está prevista a apresentação dos filmes em maio de 1995 no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio. Há, ainda, negociações com São Paulo e Salvador. A grande novidade da Bienal deste ano é sua internacionalização. Mais de 500 filmes e vídeos, vindos de 35 países, foram inscritos. Deles, 50 foram selecionados para a competição oficial. Outra novidade é que o público poderá escolher o filme que deseja ver, em monitores instalados no centro Pompidou. Texto Anterior: Atenção consciente ativa a iluminação Próximo Texto: Americanos refilmam ``Boca de Ouro" Índice |
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