São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 1994
Próximo Texto | Índice

Ungido ;Por regiões ;Jogando na confusão ;Credenciais ;Trabalho silencioso ;Risco real ; Desestatização ; Perfil perfeito ; Risco histórico ;Compreensível

Ungido
FHC confirma: Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) será o que quiser no futuro governo. Mas o presidente eleito prefere que o deputado seja presidente da Câmara.

Por regiões
Decidido a disputar a presidência da Câmara, o PMDB busca uma acomodação ``geopolítica" para lançar seu candidato. Uma opção é o gaúcho Germano Rigotto. E Sarney, representando o Nordeste, para presidente do Senado.

Jogando na confusão
Genoino (PT-SP) disputará a presidência da Câmara em plenário apostando que o governo não vai interferir na eleição, sob risco de complicar sua base de sustentação. Se nenhum candidato obtiver maioria absoluta, quer 2º turno.

Credenciais
Não é apenas para porta-voz que FHC prefere um diplomata. No PSDB, diz-se que o Itamaraty terá outros cargos. Além do bom conceito dos diplomatas junto a FHC, pesa a questão salarial, já que podem acumular gratificações.

Trabalho silencioso
Sem alarde, a equipe de FHC se move. Especialistas próximos ao presidente eleito em diversos setores já receberam pedidos dos coordenadores da transição para que apresentem análises e sugestões sobre suas respectivas áreas.

Risco real
Há desconfiança no Congresso de que o governo não está empenhado em barrar o salário mínimo de R$ 100, aprovado ontem na Comissão de Trabalho da Câmara. Deputados próximos a Itamar não estão nem sequer preocupados.

Desestatização
As entidades empresariais com direito a voto no Sebrae estão articulando uma candidatura única para se contrapor à tentativa do Planalto de eleger o ministro e amigo de Itamar Mauro Durante presidente do órgão. A eleição é dia 28.

Perfil perfeito
Uma idéia de FHC faz subir a cotação de Ciro como eventual ministro da Saúde em seu governo. O presidente eleito acha que o ministro não precisa ser um médico, mas tem que ser ``brigão". Ciro se enquadra nos dois casos.

Risco histórico
Caciques do PMDB temem que o partido repita com FHC a relação ``meio governo, meio oposição". Os peemedebistas lembram que essa mesma imagem de indefinição acabou com os planos eleitorais de Ulysses e Quércia.

Compreensível
O sociólogo Luciano Martins, próximo a FHC, diz que não foi convidado para nenhum cargo no novo governo, nem está procurando casa para alugar em Brasília: ``Aliás, tenho horror a Brasília".

Próximo Texto: Trombada tucana ;Novo round ;Armando a arapuca ;Por conta própria ;Vai esquentar ;Defesa de causa ;Outra versão
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.