São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 1994
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Partidos serão os interlocutores

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL A MOSCOU

A negociação política no governo Fernando Henrique Cardoso será feita pelos canais institucionais, por intermédio das lideranças formais dos partidos políticos.
O futuro presidente quer evitar o que chama de ``toma lá, dá cá", inevitável quando o governo se vê obrigado a negociar individualmente com os parlamentares.
O ``toma lá, dá cá" é uma maneira de referir-se à prática do ``é dando que se recebe", ou seja, à pura fisiologia. O presidente eleito acha que, sinalizando claramente que a negociação passa pelas lideranças formais dos partidos, estas acabarão se fortalecendo.
A negociação institucional tem, na visão de FHC, um segundo efeito, este de maior envergadura: reforçar os partidos como instrumentos de intermediação entre o Estado e a sociedade.
Hoje, sempre de acordo com o futuro presidente, os partidos não mais processam as demandas sociais, uma de suas funções essenciais.

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