São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 1994
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Toxoplasmose atinge campus da USP

DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo menos sete funcionários da USP (Universidade de São Paulo) contraíram toxoplasmose este ano. Cinco trabalham no Restaurante Central e dois no Instituto de Química, no campus de São Paulo.
A doença pode ser contraída pelo consumo carne de porco mal cozida ou alimentos contaminados com fezes de gato (leia ao lado).
Há suspeitas de que os funcionários tenham contraído a doença no restaurante porque o número de gatos no local é muito grande.
``Muita gente deixou de comer nesse bandejão com medo da doença", diz Mário Henrique de Barros, 23, que faz pós-graduação no Instituto de Biologia.
O Restaurante Central é mantido pela Coseas (Coordenadoria de Assistência Social) da USP. Dos 100 funcionários do restaurante, 80 fizeram exames.
Segundo o coordenador da Coseas, Hamilton Luiz Corrêa, 40, ``não podemos afirmar que os casos foram causados por gatos".
Ele afirmou que só um funcionário do restaurante manifestou a doença. ``Os outros quatro têm a doença de forma latente", disse.
No Instituto de Química, dois funcionários constraíram a toxoplasmose. Ambos comem diariamento no restaurante do instituto, também mantido pela Coseas.
O técnico Luiz Carlos Roque, 46, diz que começou a apresentar sintomas em setembro. A doença afetou o olho direito.
``Depois de tomar remédios, estou melhor. Mas ainda tenho problemas para enxergar", disse.
Miguel Ribeiro, 29, que trabalha no laboratório de química orgânica, também contraiu a doença. Há cinco meses apareceram dois gânglios em seu pescoço.

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