São Paulo, sexta-feira, 21 de outubro de 1994 |
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FHC vetará mínimo de R$ 100
CLÓVIS ROSSI
``É demagogia. Ao chegar à Presidência, veto." O presidente eleito usou o mesmo argumento que repetiu à exaustão durante a campanha: dos 14 milhões de pessoas que recebem salário mínimo, 11,5 milhões são aposentados. Logo, aumentar o mínimo dos atuais R$ 70 (equivalentes a cerca de US$ 82) para US$ 100 faria a Previdência Social quebrar, segundo FHC. Por isso mesmo, ele acha que a aprovação, em Comissão, desse patamar para o mínimo pode ser uma boa oportunidade para se discutir a questão da Previdência. A reforma da Previdência é um dos três capítulos centrais da agenda de revisão constitucional da equipe FHC (os outros são a reforma tributária e a redefinição de funções entre União, Estados e municípios). Como o salário mínimo aprovado pela Comissão do Trabalho ainda tem que tramitar por outras comissões da Câmara e do Senado, há espaço para que se vincule o tema à questão da Previdência. O presidente eleito apoiou, mesmo afirmando não ter lido o noticiário, o pacote anti-consumo baixado anteontem pelo Ministro da Fazenda. ``Tem que fazer o que é necessário. O Brasil votou pela estabilidade", afirmou FHC. Ele mantém o discurso otimista sobre o plano econômico, apesar das providências emergenciais que o governo se vê obrigado a adotar para evitar que o consumo excessivo provoque alta de preços. FHC não vê risco de recessão com as novas medidas porque os sinais vão todos em sentido contrário. ``Está havendo até expansão do emprego." Clovis Rossi Texto Anterior: Investimento externo alcançará US$ 49 bi Próximo Texto: Ciro admite rever medidas anticonsumo Índice |
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