São Paulo, sábado, 22 de outubro de 1994
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Governo deve alterar limite de emissão do real no 4º trimestre

DA SUCURSAL DO RIO

O governo vai modificar o critério de definição do limite de emissão do real para o último trimestre do ano. O limite atual é de R$ 9 bilhões no trimestre.
A mudança vai constar da reedição da MP (Medida Provisória) do Real, que será enviada ao Congresso em 28 de outubro.
Segundo o presidente do Banco Central, Pedro Malan, que considera o limite ``irrelevante" para o sucesso do plano, continuará havendo um limite quantitativo, mas ele não quis dizer de quanto.
A intenção do governo, segundo Malan, é incluir os BBCs (Bônus do Banco Central) no critério que hoje é composto apenas pelo papel moeda em circulação e os depósitos em contas bancárias. É o que o presidente do BC está chamando de ``base monetária ampliada".
Malan deu as declarações na sede do Banco Central, no Rio. Participaram também o diretor de relações internacionais do BC, Gustavo Franco, e o secretário de política econômica, Winston Fritsch.
Hoje, segundo Malan, os estoques de BBCs são de R$ 16 bilhões mas isso não quer dizer que este número permaneça igual no último trimestre ou que o limite será totalmente utilizado.
Os BBCs, títulos de curtíssimo prazo, são considerados ``quase dinheiro" pela grande liquidez (rapidez com que podem ser transformados em dinheiro).
Malan disse que no primeiro trimestre do real (julho a setembro), não foi estourada a meta monetária. Ele informou que a emissão média realizada foi de R$ 8,94 bilhões (R$ 60 milhões abaixo do limite determinado pela MP).
No entanto, em setembro, a média chegou a R$ 11,2 bilhões e a média do início do plano até quinta-feira era de R$ 9,5 bilhões.
A base monetária (papel moeda mais reservas bancárias) cresceu 162% desde o início do plano e somente a emissão de papel moeda cresceu 105%. A emissão vem diminuindo mês a mês.

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