São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994
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Eleitores de Lula querem petistas no governo FHC

DA REDAÇÃO

Erramos: 26/10/94

A taxa de eleitores de Lula favoráveis a que FHC convide o PT para seu governo é 73% e não 77%, como afirma incorretamente este texto.
A maioria do eleitorado de Luiz Inácio Lula da Silva (77%) acha que o presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso, deveria convidar o PT para participar do futuro governo.
Já o conjunto dos eleitores brasileiros está dividido sobre a eventual participação de petistas na administração tucana: 47% acham que FHC deveria convidar o PT a aderir ao governo, enquanto 41% são contrários ao convite.
Esse resultado foi obtido através de pesquisa Datafolha realizada no dia 19 de outubro. A maior oposição ao ingresso de petistas no futuro governo vem dos eleitores do candidato derrotado do PPR, Esperidião Amin (55%), e do eleitorado do próprio FHC (49%).
Se o convite vier a ser feito, a maioria dos lulistas (60%) considera que o PT deve ser receptivo à proposta do governo tucano.

Expectativa
A maioria dos eleitores brasileiros (62%) acredita que Fernando Henrique Cardoso fará um governo ótimo ou bom. No caso de Fernando Collor, a taxa de otimismo era de 71% antes da posse.
O índice de FHC é mais elevado nas cidades do interior (67%). Nas regiões metropolitanas se concentra o maior ceticismo em relação ao desempenho da administração do PSDB: 26% dos entrevistados dessas áreas acham que o tucano fará apenas um governo regular.
O maior grau de otimismo é encontrado entre os empresários (74%), seguido dos trabalhadores autônomos (67%). Taxas menores de confiança são observadas entre os funcionários públicos (59%) e profissionais liberais (54%).

Governo Itamar
No embalo da vitória de FHC, Itamar Franco teve a maior taxa de aprovação dois anos e um mês depois de ter assumido a presidência (40%). Sua gestão é considerada ruim ou péssima apenas por 9%. José Sarney terminou seu mandato com reprovação de 55%.
O desprestígio de Itamar chegou ao auge em novembro de 1993. O governo era aprovado por apenas 12% da população. A nova moeda, lançada em julho, dobrou a popularidade do presidente.

A pesquisa do Datafolha ouviu 4.063 eleitores em 245 municípios do país. A direção do Datafolha é exercida pelos sociólogos Antonio Manuel Teixeira Mendes e Gustavo Venturi.

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