São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994
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Paciência é arma do Brasil contra Coréia

SÉRGIO KRASELIS
ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE

A seleção brasileira feminina de vôlei entra hoje na quadra do Mineirinho consciente de que só há duas armas para vencer a Coréia do Sul: paciência e concentração.
``É um jogo que promete ser muito chato", admite a jogadora Ida. ``As coreanas defendem muito, amortecem no bloqueio e sabem buscar o ponto através da tranquilidade", acrescenta.
O técnico Bernardo Rezendo, o Bernardinho, considera o confronto com as coreanas como o mais difícil da equipe.
Para ele, o fato de as adversárias de hoje terem perdido contra a Alemanha não foi significativo.
``Pelo que vi, as coreanas não jogaram tudo o que sabem e devem vir para cima do Brasil. Se não estivermos concentrados qualquer deslize pode complicar a vida do time", declara o treinador.
A comissão técnica e as jogadoras analisaram os vídeos com alguns jogos da seleção coreana.
Segundo Bernardinho, para conter o ataque coreano e as bolas rápidas do adversário vai ser preciso que o bloqueio e a defesa do Brasil estejam compactos.
Se estes dois fundamentos funcionarem, segundo o treinador, a equipe brasileira evitará os rápidos contra-ataques do rival.
Bernardinho tem razão em se preocupar com o ataque coreano. Na estréia, apesar da derrota, a Coréia fez 17 pontos de ataque.
``Na partida contra a Alemanha, a Coréia perdeu a sua melhor jogadora (Yoon-Hee Chang não pôde jogar porque não passou no teste de feminilidade) e isso acabou desestabilizando a equipe. Mas a história agora pode ser outra. Por isso, a ordem na seleção é atenção total", afirma Bernardinho.

NA TV Globo e Bandeirantes, ao vivo, às 16 h.

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