São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994
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`Conto de fadas sem o final feliz'

DA REPORTAGEM LOCAL

A modelo Adriane Galisteu, 21, viveu um sonho durante 405 dias.
O sonho, porém, acabou no último dia 1º de maio, no acidente que matou Ayrton Senna durante o GP de San Marino.
Adriane volta à cena agora com o lançamento de seu livro ``O Caminho das Borboletas", um depoimento no qual narra sua convivência com o tricampeão da F-1.
Para a modelo, o livro será um ``ponto final" em sua história ligada a Ayrton Senna e o começo de uma nova vida.

Folha - O que significa esse ``ponto final" na sua história com Ayrton Senna?
Adriane Galisteu - Desde que ele morreu, não tenho feito outra coisa senão falar, sonhar e pensar nele. Não que não seja bom, mas cada vez eu me machuco mais. Preciso lembrar que a vida continua. Então, o livro é para ser lido, fechar, guardar tudo como uma recordação eterna e tocar a vida.
Folha - Você define sua história como um conto de fadas?
Adriane - Mais ou menos, porque conto de fadas tem final feliz. Mas, no tempo em que eu vivi com ele, cada dia era diferente do outro e eu era feliz o tempo todo.
Folha - Como era sua vida antes de conhecer o Ayrton?
Adriane - Sou modelo desde os nove anos. Ao mesmo tempo, estudava. Então, minha rotina era diferente das outras garotas. Fiz o curso de magistério num colégio público e até cheguei a dar aulas para crianças.
Folha - Você e o Ayrton pensaram em se casar?
Adriane - A gente comentava muito pouco, mas eu acho que tudo caminhava para isso.
Folha - Na sua opinião, o acidente foi por defeito do carro?
Adriane - Com certeza. Mas não me importa a explicação, não vai me trazer ele de volta.

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