São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994 |
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Tratamento envolve fraturas
ANDRÉ FONTENELLE
Em 90% dos casos, não há antecedentes familiares. A anomalia é a forma mais comum de nanismo –diagnóstico que abrange homens com menos de 1,30 m e mulheres com menos de 1,20 m. O nanismo perturba o crescimento dos ossos longos dos membros, deforma os ossos da face e acarreta problemas na coluna vertebral. Em março do ano passado, a equipe do hospital Necker descobriu que o gene responsável se encontra no braço curto do cromossomo número quatro. Agora, a equipe concluiu que se trata do gene FGFR-3, que controla o receptor que as células têm para um fator de crescimento das cartilagens. Um medicamento que ative esse receptor –fazendo com que o fator de crescimento de cartilagem atue sobre as células– poderia corrigir a anomalia. No entanto, o diagnóstico pré-natal pode ser obtido mais rapidamente –o que gera a questão ética. Um dos tratamento empregados atualmente, o }método Ilizarov, consiste em fraturar artificialmente os ossos de braços e pernas para que a recalcificação os prolongue. Esse sistema pode levar a um ganho de altura de 1 mm por dia e, por fim, de 20 a 30 cm. Ele é condenado pela Associação de Pessoas de Baixa Estatura, devido ao sacrifício que exige –até dois anos de tratamento. O outro tratamento conhecido, também controverso, é a utilização do hormônio de crescimento. (AFt) Texto Anterior: O QUE É O NANISMO Próximo Texto: Grupo barra maiores de 1,40 m Índice |
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