São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994 |
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Grupo barra maiores de 1,40 m
ANDRÉ FONTENELLE
Ela recusa o termo `anão", preferindo o politicamente correto ``pessoa de baixa estatura". Os objetivos da associação são: dar aconselhamento médico, psicológico e administrativo aos portadores de nanismo; conscientizar as famílias e a sociedade de que é preciso evitar o preconceito e ajudar a pesquisa médica. A altura limite de 1,40 m é fixada de forma arbitrária, para dar uma definição precisa de ``baixa estatura". Pessoas de 1,60 m já pediram para se inscrever na associação. Nudismo Embora acostumado aos olhares alheios, Patrick Petit-Jean conta que alguns incidentes são capazes de chocá-lo. Ele conta que uma vez andava na rua quando uma mulher idosa o parou e disse para o neto: ``Pode tocar nele, meu neto. Talvez você nunca veja outro na vida. Que pena que eu não estou com minha máquina fotográfica." ``Nessa hora, você lembra que é diferente dos outros", conta Petit-Jean, 42, 1,34 m de altura, atingido pela acondroplasia. O presidente da Associação de Pessoas de Baixa Estatura –cujo sobrenome, que quer dizer literalmente ``João Pequeno", é apenas uma coincidência– trabalha em um banco parisiense. Ele procura levar uma vida tão normal quanto possível. Em sua casa, os únicos indícios de seu nanismo são o espelho mais baixo no banheiro e uma plataforma para alcançar a pia da cozinha. Petit-Jean é solteiro e adotou uma criança com deficiência mental. ``O humor é importante. Nós nascemos para morrer. Então, é melhor passar agradavelmente o tempo que nos resta", diz. Nascido em uma família sem histórico de nanismo, Petit-Jean se deu conta de sua diferença por volta dos seis anos. Superou na adolescência o complexo que a baixa estatura provoca, mas confessa que não é ``blindado". Ele frequenta campos de nudismo, onde se sente mais à vontade. ``O espírito dos naturistas é mais aberto", diz. (AFt) Texto Anterior: Tratamento envolve fraturas Índice |
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