São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994 |
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Piloto no Brasil quer esquecer
RICARDO BONALUME NETO
O hoje brasileiro Minoru Makita, 66, foi um deles. Treinou para ser kamikaze, mas o fim de guerra chegou antes. ``Prefiro não falar sobre isso, eu quero esquecer", disse ele à Folha em entrevista por telefone. ``É uma recordação muito ruim. Nós vimos a parte cruel do Japão." ``É difícil explicar para os brasileiros, se não tiver a preparação ninguém entende", diz Makita, que está no Brasil desde 1953. Ele hoje é pacifista, ``contra todo tipo de militarismo". É professor de caratê, mas não das modalidades violentas. Ensina uma ``educação física e espiritual". Minoru casou e teve filhos no Brasil, mas nunca quis falar de seu passado kamikaze com eles. ``Era coisa de louco mesmo. Até eu penso assim hoje", diz. (RBN) Texto Anterior: Código de honra explica suicídios Próximo Texto: Franceses copiam juízes "Mãos Limpas" Índice |
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