São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994
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O épico mais chato do ano

MURILO GABRIELLI

Finda a sessão de ``Rapa Nui", sua consciência parece gritar, como aquele antigo personagem de desenho animado, ``mas eu te disse...". Afinal, ninguém pode alegar inocência após ver um filme que apresenta como referências o diretor de ``Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões" (Kevin Reynolds) e a produção assinada por seu amigo e xará Kevin Costner (que já levara a cabo o mesmo ``Robin Hood" e ``Dança com Lobos").
Ao contar uma história de amor e disputa pelo poder na ilha de Páscoa (e de quebra tentar elucidar o mistério dos ``moais", as estátuas de pedra que celebrizaram o local), Reynolds apela para o mesmo arsenal de maneirismos que já arruinara ``Robin Hood" –uma coleção de planos tão elaborados quanto inúteis.
A falta de habilidade narrativa do diretor tem seu momento mais emblemático na cena da derrota do adversário do mocinho: seu desfecho, em vez de suspiros de alívio, extrai da platéia ruidosas gargalhadas.
Rapa Nui - Uma Aventura no Paraíso (Rapa Nui). EUA, 1994. A estréia estava programada para o dia 21. Salas e horários a confirmar.

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