São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 1994
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3ª Exposul vende mais carros do que gado

DO ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA

As vendas na 3ª Exposul, encerrada domingo passado em Curitiba (PR), devem chegar a R$ 17 milhões, quase 40% a mais do que o movimento registrado no ano passado (R$ 13,5 milhões).
Esta é a expectativa da Secretaria da Agricultura do Paraná, que calcula que as vendas de máquinas agrícolas, como tratores e colheitadeiras, devam ultrapassar R$ 3 milhões.
Segundo os organizadores, foram vendidos também 40 carros importados por US$ 2 milhões, além de um helicóptero (R$ 1,2 milhão).
Para o secretário da agricultura, Carlos Tibúrcio, as vendas de máquinas agrícolas poderiam ser ainda maiores, se não fossem suspensos os financiamentos pelo programa ``Panela Cheia", linha de crédito que utiliza o sistema equivalência-produto.
A comercialização de animais, porém, não foi o forte da feira deste ano.
Realizados 13 remates, o faturamento ficou em R$ 636 mil para 624 cabeças vendidas.
A falta de animais levou à suspensão de quatro pregões, entre eles os de canchim e abeerden.
Entre os leilões realizados em Curitiba, o maior faturamento foi o de simental, que arrecadou R$ 110.750,00 com a venda de 37 animais.
A Exposul foi positivamente influenciada pela abertura atual do mercado e recebeu no parque Castelo Branco delegações de empresários e expositores de 14 países.
No ano passado, sete países estiveram na Exposul. Desta vez, somente a China enviou uma comitiva de 57 pessoas.
A Exposul, que teve início dia 15, confirmou a fama de ser uma das principais vitrines de gado europeu puro do país.
Se na feira de Londrina, no norte do Paraná, raças zebuínas (originárias da Índia) como a nelore predominam, em Curitiba, é o gado europeu (como charolês, simental e limousin), que lota os 16 pavilhões do Castelo Branco.
Mas o zebu deve aumentar seu espaço. Segundo o zootecnista Rosalino Zat, da Emater-PR, o governo do Paraná anunciou durante a Exposul a criação do programa do novilho precoce no Estado.
A experiência procura, através do cruzamento das raças zebuínas e européias, garantir o abate do bezerro com menos idade e maior peso. Amplia, portanto, o mercado para as duas raças.
O pecuarista paranaense que conseguir deixar pronto para abate um garrote com prazo máximo de dois anos e meio vai ter redução de 50% no ICMS.

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