São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 1994
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Bancário deve aceitar proposta

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) fez nova proposta aos bancários, que foi aceita pela executiva nacional da categoria por 14 votos a 4.
A proposta, que será votada em assembléias em todo o país hoje, deve evitar a greve na categoria, marcada para amanhã.
Ela prevê, além do reajuste de 16% sobre os salários de agosto, já oferecidos anteriormente, um cheque-cesta-alimentação de R$ 80, a partir de 1º de setembro. Esse cheque representa, por exemplo, 20% do salário de um caixa antes do reajuste de 16%.
A proposta estabelece ainda que, de ontem até 30 de novembro, serão pagos dois avisos prévios a mais para o demitido sem justa causa, em dezembro, um e meio aviso prévio a mais, em janeiro, um, e em fevereiro, meio.
A proposta prevê ainda ``uma reunião para análise de conjuntura e indicadores econômicos em 15 de fevereiro de 95". O tíquete-refeição teve reajuste de 25% e o auxílio-creche-babá, de 42%.
Os ajustes praticados pelos bancos (o Bradesco, por exemplo, concedeu 10% de reajuste em abril e o Itaú, 6% sobre o piso em agosto) não serão descontados. Com eles, o reajuste chega a 27,60% no Bradesco e 22,96% no Itaú.
``A proposta não satisfaz mas, tendo em vista a conjuntura, consideramos que devemos aceitá-la", disse Ricardo Berzoini, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Os bancários pediam 119% mais 13% de aumento real.
Alencar Rossi, da Fenaban, disse que houve ``flexibilização dos dois lados".
Berzoini pretende chamar o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, para viabilizar negociações sobre a CEF e Banco do Brasil com o presidente Itamar Franco e tentar evitar a greve de amanhã.
Os metalúrgicos de São Paulo romperam ontem negociação com o grupo de esquadrias e já preparam greve no setor.
Segundo Paulo Pereira da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, não houve acordo com as montadoras e a idéia é entrar hoje com o pedido de julgamento do dissídio no TRT.
No Rio, segundo o diretor do sindicato dos metalúrgicos, Waldemar Xavier Filho, continuavam parados 30 mil trabalhadores de 12 empresas. Os metalúrgicos querem 99% e os empresários oferecem 13,56%.

Colaborou a Sucursal do Rio

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