São Paulo, terça-feira, 1 de novembro de 1994 |
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Covas quer PT e PPR em seu governo
EMANUEL NERI
O candidato da coligação PSDB-PFL ao governo paulista disse ontem que essa composição entre políticos de posições tão antagônicos poderia ocorrer independentemente do apoio que PT e PPR já manifestaram a ele. "Podia até ser sem o apoio", disse. No entanto, ele mantém sigilo sobre a elaboração da aliança. "Como é que essa composição no plano político se fará é algo que não pretendo montar agora." Covas reconhece que há dificuldades de fazer essa aliança, especialmente no PT. Lamentou que o partido, ao optar por sua candidatura, tenha decidido também fazer oposição a seu eventual governo. "Eu pessoalmente não gostei disso", afirmou. "Eu só não vejo por que essa exclusão". declarou. Segundo ele, o PT conta com "figuras admiráveis que poderiam participar do governo". "Isso vale para vários partidos", complementou. Disse que todos que o apóiam serão convidados a subir em seu palanque. Para o tucano, não há "nenhum inconveniente" em convidar líderes do PT e do PPR para um mesmo palanque. Covas evitou citar nomes de petistas e malufistas que poderiam participar de seu governo. Também negou que queira um acordo com o PPR para para a sucessão de Maluf na Prefeitura paulistana. Junto com outros cinco peessedebistas que disputam o segundo turno para governador, Covas participou ontem de almoço com Fernando Henrique Cardoso. Após o almoço, FHC e Covas conversaram reservadamente por quase 10 minutos. Negou que a conversa tenha sido sobre a reunião entre Maluf e o presidente eleito, na qual o prefeito manifestou apoio a Covas. O tucano limitou-se a agradecer o apoio malufista. Mas alguns de seus assessores disseram não haver outra saída para o prefeito. Para eles, Maluf saiu desgastado da última eleição. Apoiou dois candidatos derrotados a governador –Luiz Antônio de Medeiros (PP) e Barrros Munhoz (PMDB). Se isso não bastasse, o PPR elegeu apenas oito deputados federais em São Paulo. Para os covistas, Maluf quis aumentar seu cacife ao apoiar o tucano. Texto Anterior: TSE quer 50 mil policiais para as eleições no Rio Próximo Texto: SAÚDE Índice |
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