São Paulo, terça-feira, 1 de novembro de 1994
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Renda fixa lidera ranking

DA REPORTAGEM LOCAL

Com uma perda nominal de 12,51%, a carteira teórica da Bolsa de Valores de São Paulo (Índice Bovespa) foi o pior investimento do mercado financeiro em outubro. Quem deixou o dinheiro no porto seguro da renda fixa, particularmente na tradicional caderneta de poupança, saiu ganhando.
Os CDBs ficaram na liderança do ranking das aplicações financeiras, mas só os grandes investidores, que negociam taxas nas mesas de operações dos bancos, conseguiram a rentabilidade líquida de 3,14%.
Nas agências bancárias, a rentabilidade para aplicações abaixo de R$ 1 milhão foi bem menor do que os 3,06% da poupança, que superou a rentabilidade líquida média, após os impostos, dos fundos de commodities (2,98%).
A rentabilidade líquida média dos fundos de renda fixa tradicionais (2,39%) foi influenciada pelos baixos rendimentos de dois dos maiores fundos (Fundo de Aplicação Nacional, do Banco Nacional, e Ras, do Banco Safra).
A maior surpresa foi a queda das Bolsas de Valores após a vitória de Fernando Henrique Cardoso no primeiro turno da eleição presidencial, diz Luis Eduardo Assis, diretor de investimentos do Citibank. O motivo: o esperado afluxo de investidores estrangeiros não se confirmou.
Na avaliação de Claudio Lellis, diretor do Lloyds Bank, em novembro as Bolsas de Valores devem "andar de lado", esperando fatos novos do presidente eleito.
Para Lellis, os fundos de commodities DI são excelentes opções de investimento. No momento, não colocaria recursos em fundos de ações puros. A preferência é por fundos ligados aos mercados de derivativos (BM&F e Bolsas).

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