São Paulo, quinta-feira, 3 de novembro de 1994 |
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Obra do PDT está inacabada
SERGIO TORRES
O plenário da Câmara Municipal de Campos (280 km ao norte do Rio) votou contra o relatório, que, mesmo assim, foi enviado à apreciação do Ministério Público. Desde agosto a equipe do procurador-geral, Antônio Carlos Biscaia, analisa o relatório e a perícia contábil dos balancetes do governo Garotinho (1989-93). Os US$ 2 milhões doados pela Fundação Bradesco se destinavam à construção de um teatro. Na década de 70, o prédio em estilo neoclássico do cine-teatro Trianon foi demolido para a construção de uma agência do banco. Ao assumir a prefeitura, Garotinho conseguiu que o Bradesco doasse o dinheiro para o erguimento de um novo teatro. Quase cinco anos após a doação, o prédio ainda não está pronto. A alegação da prefeitura é de que o dinheiro do Bradesco teria sido confiscado em março de 1990 –início do governo Fernando Collor– da conta da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, vinculada à municipalidade. A informação é contestada pelo presidente da CPI, Geraldo Venâncio (PSDB). Segundo ele, o Banco Central informou que não houve por parte da prefeitura qualquer pedido de liberação do dinheiro supostamente confiscado. "As fundações tiveram suas contas desbloqueadas três semanas após o confisco. Por que o prefeito não pediu o desbloqueamento? Concluímos que o dinheiro não estava depositado onde o prefeito disse", afirmou Venâncio. Segundo relatório da CPI, Garotinho "praticou as mais diversas irregularidades, favorecimentos e malversação do dinheiro público". A perícia contábil feita pelo contador Agenor Ângelo Pinheiro Burla, após examinar a lista de pagamentos da prefeitura em 92, conclui também haver evidências de ausência de licitação em obras. Texto Anterior: Alencar e Garotinho estão sob investigação Próximo Texto: BC suspeita de ação do tucano Índice |
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