São Paulo, quinta-feira, 3 de novembro de 1994
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Polícia mantém ações planejadas antes de acordo

CRISTINA GRILLO
DA SUCURSAL DO RIO

As Polícias Civil e Militar do Rio vão continuar a realizar operações nas favelas sem esperar o plano de ação do Exército. O que já tiver sido planejado será feito.
A orientação do governador Nilo Batista é para que a polícia dê andamento aos planos de ação elaborados antes do acordo assinado com o presidente Itamar Franco.
Segundo o secretário de Justiça, Arthur Lavigne, "não há motivo" para que o trabalho seja parado. Lavigne foi indicado pelo governador para coordenar as forças policiais do Estado.
Com isso, ele será o interlocutor do comandante geral da operação, general-de-brigada Roberto Jugurtha Câmara Senna.
O general Câmara Senna tem hoje uma reunião com o presidente Itamar Franco e com ministros militares em Brasília. Na sexta-feira, irá se encontrar com o governador Nilo Batista, que não foi chamado para a reunião de Brasília.
Segundo Lavigne, na reunião de amanhã Nilo vai informar ao general que o Estado já está abastecido de informações para uma ação concreta.
"O Comando Militar do Leste já sabe disso. Nos últimos dois meses fizemos quatro reuniões conjuntas para discutir os problemas do tráfico e do contrabando de armas", disse o secretário.
Depois da assinatura do acordo entre Itamar e Nilo, duas operações policiais foram feitas no Rio.
Na segunda à noite, policiais do 22º Batalhão da PM invadiram a favela de Manguinhos, em Bonsucesso, à procura de traficantes. Rogério Marques de Freitas, 14, morreu com dois tiros. Ninguém foi preso.
Na terça pela manhã, policiais da 29ª DP (Magno, zona norte) invadiram a favela Nova Brasília à procura de Sérgio Martins, que seria foragido da delegacia.
Foram apreendidos 30 quilos de pasta de cocaína, cinco carros e uma moto. Sete pessoas foram presas, mas Martins não foi achado.

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