São Paulo, quinta-feira, 3 de novembro de 1994
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Dólar tem nova queda recorde em Tóquio

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O dólar norte-americano registrou ontem, em Tóquio, outra queda recorde em relação ao iene, apesar das fortes intervenções do banco central do japão para frear o avanço do iene.
O dólar fechou a 96,40 ienes, redução de 0,42 ienes com relação ao dia anterior.
Segundo as agências internacionais, essa é a cotação mais baixa desde o início das operações financeiras no Japão, após o término da Segunda Guerra Mundial.
A cotação mínima do dólar norte-americano chegou a 96,30 durante o dia.
Fontes do banco central japonês comentaram que a entidade vai buscar a cooperação de outros bancos centrais do Grupo dos Sete países industrializados para estabilizar o câmbio, já que o dólar pode continuar caindo em outros mercados.
O ministro de Finanças do Japão, Masayoshi Takemura, disse estar preocupado com os possíveis efeitos negativos da subida persistente do iene sobre a recuperação da economia japonesa.
Em Nova York, segundo operadores, o FED (Banco Central dos EUA) também interveio no mercado tentando segurar o dólar a 96,95 ienes, sem sucesso.
Na Bolsa de Tóquio, o índice nikkei de 225 ações preferenciais fechou a 19.750,65 pontos, uma queda de 165,83 pontos com relação ao dia anterior.
Operadores do mercado afirmaram que a queda do dólar teve efeito limitado sobre os negócios na Bolsa.
Segundo operadores japoneses, a queda da Bolsa ocorreu porque os investidores estiveram retraídos pela falta de informações precisas sobre o mercado financeiro.
Além disso, ontem foi véspera de feriado naquele país, quando há baixa no volume de negócios.
Motivos
As pressões sobre o dólar se devem, principalmente, ao desacordo registrado nas negociações comerciais entre os EUA e o Japão, que estão estacionadas novamente.
Também influenciaram os dados divulgados sobre a economia dos Estados Unidos que, apesar de terem ficado estáveis em setembro, confirmaram a expansão da economia, embora moderada. Isso aumentou o temor de um salto inflacionário –fato que pode levar a um novo ajuste da política monetária norte-americana.

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