São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Eclipse total escurece céu no sul do país

MARCELO DAMATO
ENVIADO ESPECIAL A CRICIÚMA (SC)

O bom tempo permitiu a observação do eclipse em quase todo o Brasil. Na faixa em que o eclipse foi total, de Foz de Iguaçu (PR) a Tubarão (SC), o eclipse foi visto em quase todas as cidades. Apenas na região de Foz do Iguaçu o tempo esteve fechado.
"Eu nunca vi um eclipse em tão boas condições de tempo", disse pouco depois do meio-dia o astrônomo Oscar Matsuura, chefe de comissão executiva do eclipse no Brasil.
Durante o eclipse total, o céu escureceu e os planetas Júpiter e Vênus se tornaram visíveis.
"Não havia uma única nuvem no céu," disse Matsuura, que já observou cinco eclipses totais.
Ontem em Criciúma, a Lua começou a cobrir o céu às 9h44. O eclipse total ocorreu durante quatro minutos e quatro segundos, entre 10h58 e 11h02. A temperatura caiu de 22,2oC para 20,1oC.
Às 12h22, o disco aparente do Sol ficou completamente brilhante –visto da Terra– outra vez.
Enquanto ocorria o eclipse, o local onde os cientistas trabalharam, o 28º GAC (Grupo de Artilharia de Campanha), do Exército, esteve fechado ao público e aos jornalistas.
Segundo Matsuura, o eclipse de ontem poderá trazer dados importantes para a solução de um dos maiores mistérios do Sol. "Não dá para tirar nenhuma conclusão agora. Os resultados devem sair daqui a um ano. Poderemos saber por que a coroa solar é tão quente."
Matsuura declarou que em Criciúma foi feita uma experiência inédita em todo o mundo. "Analisando a polarização da luz da coroa solar, vamos tentar montar uma imagem tridimensional e em movimento dela." Plano de polarização é o plano em que a luz oscila depois de refletida.
A imagem tridimensional da coroa poderá trazer informações sobre sua dinâmica e revelar que processos estão por trás dela. Também foi estudada a estrutura e as formas assumidas pela coroa solar.

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sobre o eclipse à pág.3-4

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