São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994
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Violência afasta são-paulinos do Maracanã

DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo não teria o apoio de sua torcida no jogo de ontem contra o Vasco, no Maracanã.
A violência que vem ocorrendo nos últimos jogos com que as principais torcidas são-paulinas desistissem de ir ao jogo.
"Se a população do Rio não tem segurança, você pode imaginar o que acontece com a gente", disse Renato R. Rodrigues, 20, presidente da Dragões da Real.
"No máximo devem ter ido dois carros, com quatro pessoas cada um", afirmou Marco Fábio Freitas, 20, vice-presidente da torcida Independente.
Segundo Marco Fábio Freitas, o problema maior está fora do estádio. "Quando estamos na avenida Brasil, quase saindo do Rio, é que os problemas acontecem", afirmou.
"O tiro que acertou o torcedor do Palmeiras não é o primeiro e nem será o último", disse Fábio.
O torcedor disse que tiroteios com torcedores cariocas acontecem há muito tempo. "É que desta vez eles acertaram o alvo", disse.
Renato Rodrigues calcula que 80 torcedores deveriam ir à partida de ontem, se as condições de segurança fossem boas.
O torcedor reafirma que o principal motivo para não ir ao Rio é a falta de segurança e não a instabilidade do time são-paulino, que perdeu na terça-feira para o Sport, em Recife, de goleada.
Ele lembra que a Independente organizou uma caravana de 17 ônibus até Curitiba para assistir ao empate (2 a 2) frente ao Paraná.
"A nossa torcida tem uma média de idade que varia de 15 a 18 anos", afirmou o vice-presidente. "Não vou expôr estes garotos a um perigo iminente e ser responsabilizado por isso".

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