São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994
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Sala de Tunga na Bienal está pronta

Artista diz que fundação não fez estrutura adequada

DANIEL PIZA
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Fundação Bienal, Edemar Cid Ferreira, chamou artistas, marchands e jornalistas para inaugurar a sala de Tunga na Bienal de São Paulo ontem.
A sala não ficou pronta para a abertura do evento, em 12 de outubro passado, porque não houve condições de sustentar a peça criada pelo artista, que consiste em cinco sinos que ao todo pesam sete toneladas. Três deles são pendurados por uma viga de ferro.
O arquiteto da Bienal, Ronald Cavalieri, disse que a peça não pôde ser erguida porque Tunga e o engenheiro contratado pelo artista teriam passado cálculos errados.
Tunga, ontem, voltou a negar a versão institucional. Disse que a viga de ferro foi cortada ao meio pela Bienal, a fim de passá-la pela porta da sala, e depois remendada precariamente.
"Aí o engenheiro fez um laudo", afirmou, "que mostra que daquele jeito a peça iria cair." Efetivamente, um dos sinos foi derrubado e traz agora uma lasca. Tunga disse também que a viga colocada pela Bienal "parece a ponte Rio-Niterói".
Para o presidente da Bienal, "houve um mal-entendido" que já foi solucionado. "A sala está muito bonita", acrescentou Ferreira.
O custo da estrutura e sua montagem foi de R$ 9.200, que a Bienal bancou e depois será integralmente ressarcido pelo artista, quando a obra for vendida.
(DP)

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