São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994
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Assassino de aborteiro é condenado à morte

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O ex-pastor presbiteriano norte-americano Paul Hill foi condenado ontem à morte pelo júri que o considerou culpado do assassinato do médico John Bayard Britton em frente à clínica de abortos onde Britton trabalhava na Flórida.
Os jurados gastaram apenas 20 minutos para considerar Hill culpado e três horas para optar pela pena de morte. A decisão final sobre a sentença vai ser dada pelo juiz do caso em 30 dias.
Hill, 40, militante do movimento antiaborto, que atuou como seu próprio advogado, disse ao júri: "A verdade e o direito vão prevalecer. Num esforço para suprimi-los, vocês podem juntar o sangue das crianças que ainda não haviam nascido ao dos que lutam pelos oprimidos".
No atentado de 29 de julho em que Britton, 69, morreu, também perdeu a vida o guarda-costas do médico, James Barrett, 74.
Hill defende a tese de que o assassinato de praticantes de aborto é comportamento aceitável e até recomendado por Deus.

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