São Paulo, domingo, 6 de novembro de 1994
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Eleito escolhe sua 'cota pessoal'

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO ; ANDREW GREENLEES
EDITOR DO PAINEL

ANDREW GREENLEES
Os quatro dias que o presidente eleito passou no país na semana passada incendiaram a bolsa de apostas que tenta encaixar nos cargos certos os ministeriáveis.
A Folha apurou que FHC já sondou pessoas para a chamada "cota pessoal" de seu ministério.
O ministro da Fazenda, Ciro Gomes, deve ficar em Brasília em 95, apesar de já ter mandado a família para Harvard (EUA).
Ciro foi sondado para a Saúde. FHC quer alguém que enfrente a corporação e acha que o ministro teria mais condições para a tarefa que um médico de renome.
A função do "primeiro-amigo" e ex-coordenador de campanha Sérgio Motta gera polêmica na aliança que elegeu FHC. Caciques do PFL apostam que ele ocupará algum cargo no Planalto, como a Secretaria Geral da Presidência.
Todos os tucanos ouvidos pela Folha, no entanto, afirmaram que FHC não se arriscaria a mantê-lo tão próximo –devido à sua grande capacidade operacional, que o levaria a imiscuir-se em todos os assuntos da Presidência.
Entre os peessedebistas, as apostas sobre o futuro de Motta concentram-se no BNDES e no Ministério das Minas e Energia.
Outro ex-coordenador, Pimenta da Veiga, é lembrado para dois cargos: ministro da Justiça (é advogado) ou chefe da Casa Civil.
Para as Relações Exteriores, os favoritos são o ex-secretário-geral do Itamaraty embaixador Luiz Felipe Lampréia e o amigo de FHC Celso Lafer. Este leva uma desvantagem: foi ministro das Relações Exteriores de Collor.
Para a Fazenda, são cotados o presidente do Banco Central Pedro Malan e o assessor Edmar Bacha.

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