São Paulo, domingo, 6 de novembro de 1994 |
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Favela promete guerra a traficantes do Rio
ELVIRA LOBATO
Segundo os moradores, os traficantes seriam recebidos "a bala" pelos matadores locais, que controlam a área como um verdadeiro poder policial paralelo. O presidente da associação de moradores da favela São Rafael, Nelson Alvin, disse à Folha que numa eventual tentativa de invasão por parte de traficantes cariocas haveria "uma revolução". "Aqui há um pessoal camicase que se dispõe a tudo para defender a área", diz Alvin. (Camicases eram os pilotos suicidas japoneses da 2ª Guerra Mundial que davam suas vidas para garantir que o alvo seria atingido). Segundo o líder comunitário, não há como precisar o número de matadores existentes na favela. Ele diz apenas que são homens empregados, pais de família, que tanto podem agir isoladamente quanto em grupo, mas não por dinheiro. "São voluntários que não gostam de ladrões, nem da polícia por perto. Se aparece um bandido na área, resolvem o problema por aqui ", diz. Texto Anterior: Participação do Rio no PIB cai para 11% Próximo Texto: "Traficantes não terão vez aqui" Índice |
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