São Paulo, domingo, 6 de novembro de 1994
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Saiba como funciona o sistema de leasing

VERA BUENO DE AZEVEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

O sistema de leasing (arrendamento mercantil) é o aluguel de um bem móvel ou imóvel (carro, máquina ou equipamento), com ou sem opção de compra após um prazo predeterminado.
O primeiro passo é ir a um estabelecimento comercial, escolher o bem, acertar preço e forma de pagamento. Depois, basta procurar uma empresa ou banco que opere com leasing e fazer a operação.
Mas há restrições. Só podem utilizar o sistema as pessoas jurídicas (empresas), firmas individuais, profissionais liberais e autônomos. Além disso, o bem fica em nome da empresa de leasing até o término do pagamento da dívida.
Seu funcionamento é simples. "Trata-se de um contrato de aluguel, com opção de compra no final", explica Eduardo Ribeiro Ratto, superintendente de leasing do Banco Itamarati.
Segundo ele, o mercado costuma operar com prazos que vão de 24 a 36 meses. As prestações embutem juros (entre 2,5% e 3% ao mês) e são reajustadas pela TR ou dólar comercial.
Há ainda o valor residual, que varia de 1% a 60% do preço do bem. Os percentuais mais baixos destinam-se geralmente a empresas e costumam ser pagos no final do contrato. Os mais altos são usados por profissionais liberais e autônomos e diluídos nas prestações.
Suponha um médico que queira comprar um carro no valor de US$ 15.000, num prazo de 24 meses.
Segundo Ratto, no Itamarati ele arcaria com um valor residual de 60%, distribuído nas prestações, que acompanham a variação do dólar comercial. Pagaria 24 parcelas fixas de US$ 851,85.
Tome como exemplo agora uma empresa que pretenda adquirir uma máquina, também de US$ 15.000, em 24 meses.
No Itamarati, ela poderia optar por três planos. No primeiro, o residual seria de 1%, pago junto com a 24ª prestação. A empresa pagaria prestações de US$ 888,00, mais US$ 150,00 na última.
Em outro plano, com residual de 24%, diluído nas parcelas, elas seriam de US$ 863,85. Já se optasse por residual de 43%, teria com 24 prestações de US$ 851,85.
Carlos Alberto Gatti, gerente senior da empresa de auditoria KPMG, lembra que existe ainda o leasing operacional. Nesse caso, não há a opção de compra, apenas o aluguel do bem. Mas os juros costumam ser mais altos.

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