São Paulo, segunda-feira, 7 de novembro de 1994
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Vicentinho apóia hoje Metalúrgicos em Osasco

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os metalúrgicos da base da Força Sindical ganham reforço hoje: Vicente Paulo da Silva, presidente da CUT, e Ricardo Berzoini, presidente dos bancários de São Paulo, vão às portas de fábrica para colaborar com a "greve andorinha", que começou dia 31.
Hoje, a paralisação está programada para Osasco, com cerca de 50 mil trabalhadores.
Segundo Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, o balanço da greve é positivo, pois o objetivo, que é forçar negociação, está sendo atingido.
Só não abrem mão de dois pontos: não aceitam descontar as antecipações do reajuste a ser concedido na data-base e querem receber mais do que o IPC-r de 15,67%).
A categoria, com data-base em 1º de novembro, entrou nas negociações reivindicando 69,69% de aumento. A Fiesp oferece até 18%, descontadas as antecipações.
Os metalúrgicos programam também fazer uma manifestação na av. Paulista na quarta-feira. "Concordamos com o ministro Ciro Gomes quando ele diz que quem aumenta o preço é ladrão. Quem quer quebrar o plano está na av. Paulista", disse Paulinho.
Segundo Paulinho, a Ifer, empresa da zona sul de São Paulo, já demitiu 20 trabalhadores por justa causa devido à greve. O sindicato pede a imediata reintegração deles.
Wilson Começanha, do Sindipeças (representa as indústrias de autopeças), disse que a greve tem sido "relativamente pequena".
Químicos
Os químicos devem entrar em greve hoje em algumas empresas de São Paulo e no ABC paulista.
A última proposta da Fiesp, de reajuste de 15,67% (a lei) menos antecipações de na média 15%, aumento real de 5% sobre os pisos e abono de R$ 100, foi recusada.
A Fiesp já entrou com pedido de julgamento do dissídio.
Os químicos têm data-base em 1º de novembro e pedem 125%.

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