São Paulo, segunda-feira, 7 de novembro de 1994
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Justiça quebra sigilo bancário de 5 mulheres

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

O juiz-corregedor Francisco José Galvão Bruno decretou a quebra dos sigilos bancários e fiscais de cinco mulheres de delegados e investigadores acusados pelo ex-informante policial José Gonzaga Moreira, o Zezinho do Ouro.
A medida atinge as mulheres dos delegados de classe especial (posto mais alto da Polícia Civil) João Violin Belão, ex-diretor da Divisão de Crimes Fazendários, e Carlos Alberto Costa, ex-diretor do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
Costa e Violin são casados em comunhão de bens com suas mulheres, Neyde Lanzelotti Costa e Norma Gentine Violin. O juiz-corregedor tomou a decisão após um pedido da comissão de promotores que acompanha a investigação das denúncias de Zezinho do Ouro.
Zezinho do Ouro acusa os policiais de corrupção, tráfico de drogas, desvio de mercadorias apreendidas, tortura e extorsão. Os policiais negaram as denúncias.
Galvão Bruno também determinou a expedição de ofício para os cartórios de registros de imóveis do Estado para que eles forneçam informações sobre os bens das mulheres dos policiais.
Essa é a primeira vez, nesse caso, que a Justiça decide estender a investigação aos familiares dos policiais. O juiz-corregedor já havia quebrado os sigilos bancários dos investigadores e dos delegados.

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