São Paulo, segunda-feira, 7 de novembro de 1994
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Brahma faz guaraná menos doce

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

Depois de um ano e meio de mistério, a Brahma começou, há cerca de um mês, em Belo Horizonte (MG), os testes de campo do seu novo guaraná, que já sugou US$ 1,5 milhão em investimentos.
O objetivo do novo guaraná Brahma é conseguir um sabor que permita que ele concorra com o líder do segmento dentro do setor de refrigerantes, o guaraná Antarctica.
E a propaganda, da agência Bridge (criada exclusivamente para cuidar do produto), que a Brahma veicula regionalmente em Belo Horizonte, não deixa dúvidas sobre quem é o adversário a ser batido.
O ambiente é de neve e um repórter aparece com o guaraná para um teste. Passa um esquimó, ele oferece a bebida e o personagem não gosta. Um locutor fala: "Nova embalagem, novo rótulo, novo sabor. Só na Antártica ninguém gostou."
Além da propaganda, a Brahma está fazendo testes de degustação nos supermercados de Belo Horizonte.
A Bridge foi criada depois que o então diretor de marketing da Brahma, Magin Rodrigues, declarou sem vencedor uma concorrência de agências de publicidade para cuidar da conta do guaraná.
A principal modificação é no sabor, menos doce do que o antigo, rejeitado pelo consumidor, segundo pesquisas da empresa. O novo sabor é mais próximo do guaraná Antarctica.
Outra é na garrafa. O vidro de cor âmbar foi substituído por um verde (a mesma cor da garrafa da Antarctica). O design da nova garrafa foi realizado por uma empresa norte-americana.
Além da garrafa pequena com design diferente, o guaraná Brahma também traz uma novidade para o mercado em termos de embalagem. É a garrafa PET (não retornável) de um litro. Até hoje, só há garrafas PET de dois litros.
Os testes em Belo Horizonte devem demorar mais dois ou três meses. Na segunda-feira, os responsáveis pelo projeto do guaraná Brahma irão a Belo Horizonte para a primeira avaliação da aceitação do produto.

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