São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Índice
Brasão vende 48 lotes no Palace e alcança a média de R$ 257 mil
FREE-LANCE PARA A FOLHA O faturamento do 3º Leilão Brasão Limousin, realizado no último dia 31, no Palace, em São Paulo, superou as expectativas dos organizadores, que esperavam um preço médio de R$ 4.500.A venda dos 48 lotes (41 fêmeas e sete machos) levados à pista apresentou a média de R$ 5.352 (US$ 6.223). O faturamento atingiu o total de R$ 256.900. As vendas foram feitas em sete parcelas iguais, através de notas promissórias, sendo que a primeira teve quitação no ato da compra. "Os preços foram bastante realistas e isso é positivo, pois ajuda o mercado a se firmar em bases mais sólidas", afirma o pecuarista Wilson Cadogno, da fazenda Monte Gerezin, de Itapetininga, interior de São Paulo. O animal mais caro do pregão foi a vaca Epopee - importada da França -, que foi comercializada pelo criador Orestes Prata Tibery Júnior, de Três Lagoas (MS), por R$ 11.900. Para Luiz Meneghel Neto, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Limousin (ABCL), a época das ofertas estratosféricas já passou. "Hoje, oferecemos animais de qualidade superior a preços bem mais atraentes aos compradores". Outro fator que os criadores de limousin estão privilegiando é o marketing voltado para a possibilidade que este gado oferece aos cruzamentos industriais com a raça nelore. "A principal característica que destacamos é a produção de carne na parte posterior, o que resulta num rendimento de carcaça sempre próximo de 60%", diz Meneghel Neto. Ele cita as provas de ganho de peso, realizadas pela Associação Brasileira dos Criadores de Gado Zebu (ABCZ), de Uberaba, em 90, 91 e 92. Nos três anos, os cruzados de nelore X limousin foram vencedores, chegando a 65% de aproveitamento no abate. Segundo a direção da ABCL, uma das vantagens do limousin é a possibilidade da utilização de touros para os cruzamentos realizados no Cerrado. Esses cruzamentos do limousin, originário da França, com o nelore, originário da Índia, tem o objetivo de produzir bezerros próprios para o abate com menor tempo de vida e mais pesados. A maioria das raças européias é cruzada com o nelore apenas através do uso de sêmen, pois não se adapta ao clima quente, predominante no Cerrado. Já o touro limousin consegue se adaptar ao ambiente e a cruza é feita no próprio pasto. A Associação Brasileira dos Criadores de Gado Limousin é sediada na cidade de Londrina, no norte do Paraná. Texto Anterior: Empresa do Paraná traz o "boi diet" da Bélgica para o Brasil Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |