São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994
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Debates nos Estados viram tiroteio verbal

DA REDAÇÃO

Os candidatos aos governos estaduais deixaram de lado a discussão de suas propostas administrativas e se dedicaram a trocar acusações nos debates realizados anteontem pela TV Globo.
Em Minas, Hélio Costa (PP) acusou o governo estadual de usar a máquina administrativa em benefício de seu adversário, Eduardo Azeredo (PSDB).
Costa apontou o aumento do investimento em estradas no período eleitoral. A assessoria do governador Hélio Garcia (PTB) negou o caráter eleitoreiro das obras.
Na Bahia, João Durval (PMN) acusou Paulo Souto (PFL) de usar de sua influência quando era secretário da Indústria, Comércio e Turismo para favorecer uma irmã que queria um ponto comercial no Pelourinho. Souto rebateu acusando Durval de empregar parentes quando era governador (82-86).
O debate entre os candidatos ao governo de Santa Catarina, Angela Amin (PPR) e Paulo Afonso Vieira (PMDB), também foi marcado pela troca de acusações.
Angela disse que o PMDB "devia explicações" sobre o desvio de verbas da ponte Pedro Ivo Campos, que liga o centro de Florianópolis ao continente. As obras foram concluídas em 91, quando o PMDB era governo e Afonso secretário estadual da Fazenda.
O candidato peemedebista revidou acusando Esperidião Amin, marido de Angela, de ter sido um os responsáveis pela "quase falência" do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina) em 1986.
No Rio Grande do Sul, o candidato Olívio Dutra (PT) centrou suas críticas na administração do ex-governador Pedro Simon (PMDB), do mesmo partido de seu adversário Antônio Britto.
Dutra cobrou os projetos de construção de estradas prometidos pelo governo Simon (1987-90) e que não teriam saído do papel.
Brito rebateu atacando as gestões de Dutra e de Tarso Genro da Prefeitura de Porto Alegre. Acusou o PT de aumentar os gastos com publicidade e de ter construído apenas um posto de saúde.
No Distrito Federal, o debate foi marcado pelas discussões sobre a relação do futuro governador com a administração de fernando Henrique Cardoso.
Valmir Campelo (PTB) disse que, por ter o apoio de FHC, não faltarão recursos ao seu governo.
Cristovam Buarque (PT) rebateu afirmando que o presidente eleito "não vai discriminar um governador eleito por dois milhões de pessoas".

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