São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994 |
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Pé no chão Quando era governador de Pernambuco, na década de 70, o vice de Fernando Henrique, Marco Maciel, vivia percorrendo o Estado a bordo de aviões. Ia a todos os cantos possíveis e não temia qualquer campo de pouso improvisado. O destemor do governador ganhou fama e virou tema de roda de conversa. De uma destas rodas participou, certa vez, o escritor Ariano Suassuna. Conhecido por seu terror de viagens aéreas, Suassuna não acreditou muito no que ouviu falar sobre os riscos que Maciel corria. Decidido a confirmar o que escutara, o escritor procurou pelo governador em um solenidade e falou do que o povo dizia. Maciel não só confirmou tudo como passou a ponderar sobre a falta de sentido de alguém temer mais a viagem de avião do que a de automóvel: – Olha, Suassuna, muito mais perigosa do que a viagem de avião é a viagem de carro. Porque, de carro, você pode cair em um buraco. Sem se sensibilizar, o escritor devolveu de imediato: – Mas, na viagem de avião, o buraco embaixo é muito maior! Texto Anterior: Briga por espaço; Reação feminina; Meu calhambeque; Roteiro intenso; Dois lados da moeda; Contra-ataque; Visita à Folha Próximo Texto: Estoque de papel da Folha começa a voltar ao normal Índice |
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