São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994 |
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Organizando a abertura
LUÍS NASSIF
Trata-se de um ângulo de uma questão muito mais ampla: como acelerar as importações, permitindo antecipar os efeitos da abertura de mercado sobre a estrutura de preços internas. Ontem, um economista informava à coluna que o provável futuro Nobel de Economia, Paul Krugeman, centrou seus estudos justamente na análise desse intervalo existente entre abertura de economias e início efetivo do processo de importações. Não basta apenas reduzir tarifas e derrubar barreiras comerciais. Leva-se tempo até que o setor importador se aparelhe, aprenda o ofício, monte sua lista de fornecedores, acerte questões como assistência técnica. Essas barreiras indiretas acabam sendo maiores do que meras alíquotas de importação. O grande desafio atual do Ministério da Fazenda é justamente o de organizar esse movimento. Não há maneira mais direta e consequente de combater oligopólios e contribuir para o aprimoramento do Real. TV a cabo Os momentos de viradas tecnológicas são os mais propícios à criação de ambientes econômicos modernos. É quando se tem a oportunidade de moldar o novo mercado, de acordo com normas modernas, impedindo a formação de feudos e de oligopólios, abrindo espaço para a competição. Mereceria maior atenção o que está ocorrendo neste momento no mercado de TV a cabo. Atualmente estão formados os seguintes grupos: NET-Rio, NET-SP, Cabodinâmica e Multicanal. O grupo Globo possui 75% da NET-Rio. Possui participação da NET-SP. Tem 10% da Cabodinâmica. E, agora, há sinais de que planeja participar da Multicanal, dentro de um processo de troca de participações acionárias. Não se vá agora, no alvorecer de uma nova tecnologia, quando a competição passa a ser a tônica da economia, voltar-se aos erros do passado. Texto Anterior: Guaraná da Antarctica vai ser exportado para Europa Próximo Texto: Contratação na indústria é a maior desde julho de 91 Índice |
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